Exposição 12x12 Galeria da Graça, Lisboa.
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We will not make any more boring art - John Baldessari Um artista quando está a criar a sua obra e se entrega por completo na busca por algo novo e seu, só tem duas fases: sentir-se uma merda e que o trabalho não presta ou, a felicidade de uma criança ao fazer pela primeira vez uma coisa , como se tivesse inventado de novo a roda e tivesse pronto a mudar o mundo. Hoje estou na fase de criança. Passei o dia inteiro no ateliê a pintar e hoje sinto-me bastante feliz com as colagens que ando a fazer. Sinto que são originais e não encontro nada do género. Fico radiante ao perceber que estou a desenvolver uma técnica para uma vertente ainda não explorada. A juntar à felicidade do trabalho estar a avançar para um lado que me agrada, ainda recebi boas notícias e descobri um site bastante interessante dedicado inteiramente a artistas que trabalham com colagem. The Weird Show . Sei que amanhã o mundo irá de novo cair e a
Robert Rauschenberg, artista norte americano, é desconhecido para o público em geral, mas é sem dúvida um dos meus artistas favoritos e dos que mais influência a minha prática artística . Assisti a este documentário da BBC, Robert Rauschenberg - Pop Art Pioneer e fiquei a conhecer bastantes pormenores que desconhecia da sua vida pessoal e carreira artística . É surpreendente como um homem mantém a sua prática artística durante quase seis décadas, a um ritmo frenético e constantemente reinventado o seu trabalho. A partir do nada, do lixo e do encontrado nas ruas consegue fazer arte que espelha a sua época . Esta é umas das características que mais aprecio na sua obra e a qual tento reproduzir. Um olhar bastante atento e crítico ao que o rodeava, descrito como uma pessoa alegre e extrovertida, que consegue transpor para as suas obras. Proporcionou uma grande reinvenção e questionamento da pintura assim como da transtextualidade intermedia.
Este é o meu cartão da biblioteca de Lisboa. Sempre fui um ávido frequentador de bibliotecas. Gostava de requisitar livros, ou apenas ficar por lá sentado a ler um livro para matar os tempos mortos ou passar as horas de almoço. Na minha carteira guardo os cartões das bibliotecas de cada cidade em que vivi. Para além de requisitar livros ser uma boa solução ao problema de despender muito dinheiro a comprá-los, a biblioteca enquanto local também me agrada. O facto de estar num lugar, rodeado de prateleiras repletas de livros estimula bastante a minha criatividade e deixa-me com vontade de produzir e adquirir todo aquele conhecimento dos mais variados autores. Tive a necessidade de criar este cartão para poder requisitar um livro que procurava ler para a investigação da tese de mestrado. A biblioteca Camões era a que tinha o livro que procurava então fiz aí o cartão e posso dizer que fiquei bastante surpreendido com a gentileza e prestabilidade dos funcionários
24/7, Jonathan Crary . Desde que tomei conhecimento deste livro que tive interesse em lê-lo, e hoje ao deambular por uma livraria deparei-me com ele e resolvi sentar-me um pouco a ler umas páginas. Contudo o tempo passou e acabei por ficar ali sentado enquanto outras pessoas se sentavam ao meu lado a ler também por um bocado e iam embora e outras tomavam o seu lugar. Passaram-se perto de duas horas e tive tempo de ler as duas primeiras partes do livro, perto de 70 páginas. É um volume pequeno com cerca de 140 páginas editado em Portugal pela Antígona e assenta sobretudo sobre o sono. A necessidade humana de descansar e durante algumas horas não produzir nada. São alguns os casos expostos pelo autor onde demonstra que o sono é o maior afronto ao capitalismo onde vigoram os valores da produtividade, eficiência, funcionalidade e velocidade. O Ser Humano atingir a capacidade de abdicar do sono seria, portanto, mais um passo na aproximação do ser humano às máqui
Leitura de hoje A leitura desta obra foi me sugerida por um professor numa aula do mestrado de Pintura que frequento. Estávamos perto da Feira do Livro em Lisboa, então esperei umas semanas e numa das visitas à Feira, que faço todos os anos com a minha irmã mais velha tornando-se quase já uma tradição, adquiri o livro. Comprei-o na Happy Hour do evento que me permitiu pagar metade do preço original, mas mesmo que assim não o fosse, v aleria cada cêntimo. Já tinha lido algumas passagens na internet e desde logo percebi que abordava temas que me poriam a pensar e ajudariam a pensar no meu projeto artístico . Durante A Crítica da Razão Negra é nos apresentado um novo significado para a palavra Negro. Achille Mbembe fala-nos sobre as experiências históricas associadas à palavra. O domínio de uma raça face a outra que se impunha como superior, da escravatura imposta a milhares de seres humanos. Da utilização dos seus corpos e pensamentos transformando